sexta-feira, março 28, 2008

Mudança de endereço

Chamo a atenção dos meus estimados leitores que mudei de endereço por motivos que se prendem com o contrato da minha assinatura para navegação na internet que não pode ultrapassar um determinado tráfego.

Queiram desculpar qualquer inconveniente.

Despeço-me cordialmente esperando a vossa compreensão.

Bom fim-de-semana

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Em tempo de Carnaval as recordações...

A propósito do despropósito da avaria no funcionamento a quente da máquina de secar (salvou-se a parte fria) lembrei-me (e não por saudosismo mas numa espécie de "é bom lembrar que antigamente" ninguém ficava mal por não ter máquina de secar roupa), estava eu a escrever, lembrei-me da história real do "FORNINHO" de lenha que fazia parte do fogão a lenha e servia para secar a roupa, quando esta não se conseguia enxugar ao ar livre (ou pelas más condições climatéricas ou porque, enfim, a humidade se fazia sentir na pele).

Bem vistas as coisas, o forninho ficava na parte inferior do fogão de lenha, no lado virado para a porta do forno grande que tinha chaminé onde as nossas domésticas coziam o pão de trigo alvo e de milho, as alcatras e tudo o que fosse possível de cozer neste forno para delícia dos residentes. O tal forninho, mesmo ao lado, aquecia muito sobretudo quando se colocavam as "achas", isto é, bocados de toros de árvores serrados e, posteriormente, cortados com um machado na medida exacta para caber na boca do fogão, que ficava na parte superior do tal forninho, onde se colocavam os caldeirões e as chaleiras.

Sempre me lembra de avistar a minha avó a soprar o lume para que se apressasse a fazer o seu ofício: secar a roupa para assim conseguir ir toda quente e perfeita à missa e depois ficar pelo Salão da Sociedade Filarmónica à espera de chegar o próximo Bailinho ou Dança de Carnaval.

Agora não se sopra lume nenhum, não se quer a roupa com algum cheiro a fumo e aquecê-la só mesmo na máquina de secar porque as Danças não podem esperar e seguem-se amiúde numa alegria diferente da outra de outros tempos. Agora, quando um electrodoméstico avaria nem se vê sombra do esquecido forninho. A vida do campo continua e continuará a ser muito diferente da cidade e mais saudável.

@Terceirense

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Hortênsia em flor

Moro numa ilha beijada pelo mar
E no rosto das manhãs dou por mim a louvar
- Que bom é ter-te em mais um dia de magia!
- Que bom é ter uma ilha por companhia!
Deixo-me vaguear envolvida em tanta cor
Que o dia me traz num abraço de amor;
Resfresco-me de um colorido de terra e mar
Na estonteante serenidade e bravura
Que venera o centro do fogo e a paz do luar
Da Ilha onde a mulher assenta em figura.



O prazer peninsular do cativante Monte,
Ventre aberto ao céu que lhe fica defronte,
Refúgio das aves e de quem o visita,
Miradouro intemporal da terra que o fita.
O Monte, a Ilha é tudo isto sem ser demais:
É bela, é de Cristo e dos comuns mortais;
É vida, é dor, é sentimento cruzando o horizonte;
É verde, azul, lilás num justo ornamento;
É festa, é riso e a formosura se lhe aponte;
É cais de sonho, é doçura que acalento.



A ilha é linda, hortênsia em flor,
Terceira rainha, o sol do amor,
Lua de amizade, riso do Senhor,
Maresia encantada, manto de valor.

@Terceirense
24/01/2008

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Arco de cores ilhéu

«Vermelho lá vai violeta», em que l,a,v,a,i representam a sequência laranja, amarelo, verde, azul, indigo. in Wikipédia.

Vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil (indigo), violeta

Com isto ocorreu-me que alguém um dia olhou para o céu e ao ver o arco-íris quis atribuir uma cor a cada uma das nove ilhas do arquipélago dos Açores como se elas fossem um arco de cores. São sete as cores do arco-íris a que se juntam mais duas: preto e cinzento.

O vermelho e o laranja deram lugar ao lilás e ao castanho. O anil deu lugar ao branco, que é a cor neutra. A cor violeta dá lugar à cor rosa.

Então, o arco de cores ilhéu apresenta-se pela ordem das ilhas:

Santa Maria,
São Miguel,
Terceira,
Graciosa (branca),
São Jorge,
Pico,
Faial,
Flores,
Corvo

Fazendo a reconstituição com base no arco-íris retorna assim:

Corvo

Pico,

Terceira,
São Jorge
,
Santa Maria,
São Miguel,

Faial,

Graciosa (branca),

Flores

... O Corvo toma balanço e chega ao Pico num voo majestoso para se empoleirar no topo da ilha que avista a Terceira e São Jorge numa das perspectivas. Mas eis que pensa em Santa Maria e São Miguel que fica à beira e volta para mirar a ilha do Faial que lhe fica perto e também a Graciosa. Cansado mas feliz decide voltar para a sua natureza. Levanta novamente e poisa na bela vizinha Ilha das Flores. Regressa a casa...

E finda assim o arco de cores que se entranhou num sonho que ajudou a decifrar o «arquipélago», arco aqui ao pé do mar, arco de cores das ilhas encantadas.

domingo, janeiro 13, 2008

Sanjoaninas 2008 - Angra do Heroísmo

O cartaz das Sanjoaninas 2008

Em cima, ao centro, as Portas da Cidade - Angra do Heroísmo
À direita, o Templo de Diana - Évora
A seguir, o Castelo de Guimarães
À esquerda, a Ponte Maria Pia - Porto
A seguir, o Palácio Nacional da Pena - Sintra

Angra num Abraço de Prata

Uma réplica efectiva

Informo todos os estimados visitantes que inaugurei a minha nova "Ilha Brava e Doce" para quem prefere a visita contabilizada em tráfego nacional.
Uma boa semana para todos

sábado, janeiro 12, 2008

Reflectindo

Nota prévia: Se não és crente em Deus não avances na leitura desta reflexão de uma tarde, véspera do Domingo, dia especial para agradecer e/ou pedir o bem para a próxima semana.



O alicerce do Cristianismo assenta no «Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos».

Habitualmente, logo que uma criança nasce no seio de uma família unida por aquela Aliança, é logo baptizada para também ela ser a continuidade da mesma Sagrada Aliança.

É na Bíblia, o conjunto de livros sagrados, que assenta o traçado dessa caminhada que se resume, precisamente, no Dogma do primeiro parágrafo deste texto intencional.

Já se passaram mais de dois mil anos e todos verificamos que tal Dogma nunca sofreu revisão, rectificação, reprovação, nem deixou de vigorar porque é bom e veio por bem de todos, sem excepção.

Ao contrário, as leis dos homens tendem a ser revistas, rectificadas, reprovadas e, muitas vezes, deixam de vigorar a favor de novas leis mais apropriadas à sociedade. Os homens falham, Deus não. A prova disso é a antiguidade da Lei de Deus.

Se os homens seguissem a Bondade de Deus não teriam motivos para vacilar.

Mas, infelizmente, e precisamente por serem baptizados muito cedo sem terem o conhecimento exacto por si do Dogma de Deus, e se estão inseridos numa família que também já se desnorteou desse Amor, acabam por cair nas leis dos homens que foram criadas para organizar a sociedade civil.

Assaltos, roubos, mentira, traição, ataques terroristas, crimes diversos, violência doméstica, desavenças escolares entre alunos e professores, etc. enfim, tudo o que fira a integridade física e mental do ser humano vai contra o Dogma de Deus que só quer o Bem da Humanidade.

Com a evolução anual depara-se com um quadro assustador e o que antes era uma raridade, hoje é quase considerado normal. Antigamente, na ilha Terceira, que tomo como exemplo, não haviam tantos divórcios como hoje há, tantos crimes como hoje há.

Mas, tendo sempre presente o que Deus nos ensina, penso que, no caso do divórcio é um mal necessário porque se não vejamos:

1 - Um casal que passa os dias em desarmonia e violência doméstica não está a praticar a lei de Deus, nem vive de acordo com lei nenhuma;

2 - Se os filhos assistem a tais atitudes e se nada se fizer para alterar a situação, ficam com uma visão errada do que é o verdadeiro Amor, porque não há Amor à sua volta, nem respeito;

3 - "Não separe o Homem o que Deus uniu" tomado à letra e na minha opinião, tem uma visão externa ao casal. Deus não permite que alguém destrua um casal porque, se estiverem de acordo com a lei inicial, não vai ser alguém de fora que os vai desunir. No entanto, o próprio casal se se desunir está a cortar com a lei do Amor à qual prometeram ser fiéis.

4- Muitas vezes as circunstâncias da vida e a vivência em sociedade recheada de diversidade alteram o sonho e a pintura de um quadro harmonioso e acabam por fazer a opção melhor para todos - separar.

5 - Para que não fiquem desertos do Amor de Deus e para que os Templos não se esvaziem há que ponderar e aprofundar cada situação à luz da Lei de Deus e do evoluir da sociedade e da natureza.

6 - Após a boa compreensão e tolerância para cada caso reina de novo a harmonia, ideal do Bem e do Amor. O que acontece, porém, é que o Amor que Deus preconiza está cada vez mais longe do coração do homem e não há Paz.

A cada instante há uma voz que nos segreda: - Quando virá a Paz ao coração do Homem?!

Termino esta reflexão com a ideia de que NADA se pode impingir ao ser humano mas também não se pode ficar alheio à Bondade de Deus que se pode encontrar em TUDO à nossa volta porque «COM DEUS TUDO, SEM DEUS NADA». Foi esta a mensagem que me ficou guardada na mente dos meus tempos de mocidade.

Colabora comigo nesta reflexão e deixa a tua opinião que muito agradeço.